Andressa Fernandes
A expansão do setor sucroalcooleiro preocupa alguns setores da sociedade, principalmente em regiões em que o cultivo da cana-de-açúcar se dá com maior intensidade, como São Paulo, Minas Gerais e Goiás.
Para evitar o desequilíbrio causado pela monocultura, lideranças de municípios com até 50 mil habitantes pretendem aproveitar a elaboração de planos diretores para criar mecanismos preventivos.
Em São Paulo, a meta é criar regras para o plantio, sobretudo no Noroeste e Oeste do Estado. As duas regiões devem receber 40 usinas de álcool até 2010, num investimento de US$ 5,6 bilhões. Os núcleos técnicos desse projeto fazem parte da Campanha Nacional de Planos Diretores participativos, do Ministério das Cidades.
Fernandópolis já se prepara para fazer o macrozoneamento agrícola e determinar quais áreas poderão receber o plantio de cana-de-açúcar. Também enfrentam problemas com o domínio da cultura os municípios de Catanduva e de Araçatuba. Para a realização destes estudos, foi criado no final do ano passado um Núcleo Regional, com representantes de todos os municípios interessados. De acordo com Ricardo Correa, coordenador do Plano Diretor de Fernandópolis, até o momento, duas reuniões foram realizadas para tratar do assunto.
Porém, neste quesito, Rio Verde – GO, se adiantou. O prefeito Paulo Roberto Cunha sancionou em novembro de 2006, uma lei que limita a plantação da cana a 10% da área agricultável da região e serve de inspiração para outros municípios. Quirinópolis, Santa Helena e Mineiros, também em Goiás, já estudam medidas para prevenir a monocultura. Segundo Igor Montenegro, presidente do Sindicato das Indústrias de Fabricação de Álcool em Goiás (Sifaeg), os canaviais não podem ser considerados cultura única.
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