sábado, 10 de fevereiro de 2007

PM’s acusados de tortura aguardam decisão do STJ

Andressa Fernandes

Cinco policias militares de Fernandópolis, afastados do trabalho por crime de tortura psicológica, aguardam decisão do Superior Tribunal de Justiça – STJ, para retornar ao trabalho. Mauro Luiz de Oliveira e os outros quatro soldados foram acusados de torturar psicologicamente o pedreiro Clodoaldo Borges para confessar a morte de sua sobrinha, Leandra Dias, em 1997.
A sobrinha, com 16 anos na época, foi encontrada morta no antigo Zoológico Municipal, estuprada e asfixiada, depois de desaparecida por vários dias. Até hoje o crime não foi desvendado.
Durante um depoimento no Ministério Público, Clodoaldo acusou os militares de o obrigarem a confessar o assassinato, que garante não ter cometido. O ex-promotor público Marinaldo Basílio usou a acusação para pedir a expulsão dos soldados da Polícia Militar, além da prisão deles no Presídio Romão Gomes, em São Paulo. Mais tarde, Clodoaldo Borges voltou atrás e tentou retirar a acusação, mas a Justiça não acatou a documentação, porque o caso já havia transitado pelo STJ.
Agora, um embargo declaratório tenta ser juntado ao pedido de revisão criminal que pede a volta dos soldados ao 16º Batalhão da Polícia Militar.

publicado pela Folha de Fernandópolis em 10/02/2007

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