Andressa Fernandes
A Diretoria Regional de Ensino começa a estudar a proposta de implantação de revista pessoal em alunos na entrada das escolas de Fernandópolis. A princípio, a revista aconteceria periodicamente e seria feita pelos próprios inspetores, que devem receber treinamento, incluindo curso de defesa pessoal, por parte dos policiais militares. A intenção é diminuir o número de ocorrências de violência e drogas nos estabelecimentos de ensino.
A iniciativa compõe uma lista com vinte e duas sugestões de normas de conduta a serem aplicadas nas escolas, sendo desenvolvida e entregue pelo juiz da Vara da Infância e Juventude, Evandro Pelarin, à dirigente regional de Ensino, Adélia Menezes. O ato aconteceu em reunião realizada no início da semana e contou com a participação do diretor do Fórum de Fernandópolis, juiz Alceu Correa Junior, e de membros do Conselho Tutelar.
De acordo com Adélia Menezes, 80% destas sugestões já são aplicadas pelas escolas, mas somente com o respaldo do poder judiciário é que as instituições terão maior seguridade de implantar atitudes mais severas como a iniciativa de revistar os alunos. “Em 40 anos nesta profissão, eu nunca fiquei tão feliz como agora, com o respaldo que estamos tendo. Eu nunca vi isso acontecer antes”, comemora a dirigente.
Entre as sugestões feitas pelo juiz Evandro Pelarin, estão a implantação de aulas de religião nas escolas, além de colocar as unidades a disposição para realização de medidas socioeducativas, onde menores em Liberdade Assistida – LA, poderão prestar serviços à comunidade. Outra ideia é o desenvolvimento de um programa de segurança integrado para professores, funcionários e alunos, contando com apoio da Polícia Militar.
Pelarin também pede o aumento de pena dentro das escolas para os alunos infratores, e que a dirigente torne público o resultado das punições. Por fim, o juiz da Infância e Juventude sugeriu que as escolas desenvolvam um cronograma, com datas e horários marcados para homenagear e premiar os melhores alunos. As premiações devem ser divulgadas amplamente entre os alunos, conforme disse o juiz.
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