terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

‘A gente entende de Solidariedade’


Nestes dois anos e meio de kappa magazine em Araraquara, a revista entrevistou milhares de personagens marcantes, com histórias emocionantes, fatos curiosos, envolventes, críticos, engraçados e inesquecíveis. Estas reportagens foram responsáveis por evidenciar e perpetuar no papel impresso, com muito carinho, diga-se de passagem, trabalhos e trabalhadores que constroem esta cidade com muito zelo e dedicação para levar ao próximo um pouco mais de atenção, noção de cidadania, educação, alimentos, roupas e, o que é mais importante, a mão amiga e caridosa, estendida sem pedir nada em troca. Pessoas que vão em busca de seu papel na sociedade, que brigam pela mudança e que não aceitam a banalização da criminalidade e o descaso do poder público com os mais necessitados. 
Para começar 2013 e produzir a sua edição de número 60, a kappa resolveu revisitar 10 entidades das quase 60 que estamparam nossas páginas destinadas ao espaço Solidariedade, que elege e destaca o trabalho de cada uma destas instituições. A escolha foi aleatória. O resultado não poderia ser melhor: em todas as 10, recebemos a notícia de que cumprimos o nosso papel social enquanto veículo de comunicação comprometido com a comunidade local: conseguimos atingir um grande público, informando sobre o trabalho desenvolvido por elas e suas reais necessidades. Todos os representantes ouvidos afirmaram que o resultado foi positivo e imediato. Isso não quer dizer que todos os problemas foram solucionados, pois elas precisam muito de doações para continuar sobrevivendo. O que mudou com a divulgação foi aumentar o interesse de mais pessoas pelo trabalho social, seja com novas mãos que fazem ou com recursos para a construção de espaços, abrigos, refeitórios, salas de aula. Para você leitor que está com esta edição nº 60 nas mãos, o nosso muito obrigado por dar atenção a este texto. Ele retrata o trabalho de pessoas muito especiais, que realmente entende de ‘Solidariedade’. Relembre um pouco dessas histórias nas declarações de representantes de cada uma ou releia as matérias em nosso site www.revistakappa.com.br, folheando as edições on-line.
Asilo São Francisco de Assis - “Nossa entidade recuperou o seu nome. Atende hoje 150 pessoas e está lotada, com lista de espera. Hoje temos as contas em dia e contamos com doações de pessoas físicas e jurídicas para manter uma equipe de profissionais de saúde que garante o bem estar de nossos idosos. Recebemos elogios de equipes municipais, estaduais e federais que vem nos visitar e conquistamos a credibilidade dos parentes de nossos atendidos. A publicação (edição 2) ajudou muito a mostrar que o Asilo São Francisco de Assis é um lugar que oferece qualidade de vida com um trabalho sério”. José Alberto Santarelli
Liga Araraquarense de Combate ao Câncer - LACCA - “Hoje, cuidamos de 350 pacientes, contabilizando um total de 600 atendimentos por mês. Continuamos precisando do apoio da comunidade, mas posso dizer que a divulgação foi satisfatória, pois deu uma alavancada no número de pessoas que passaram a conhecer o nosso trabalho. A matéria (edição 6) foi uma ajuda muito importante”. Luis Nacir
Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE - “A APAE completa 50 anos em Araraquara em 2013 e nosso trabalho com pessoas com deficiência intelectual e múltipla evoluiu. A revista se fortaleceu na cidade e é tida como referencia, chegando a todas as camadas sociais, o que faz com que todos, indiscriminadamente, conheçam o nosso trabalho (edição 9). E quando a notícia é mostrada de maneira positiva, ela sempre traz retorno positivo. Hoje atendemos gratuitamente 330 alunos que custam R$ 700 por mês. Temos parcerias com os governos municipal, estadual e federal, mas precisamos sempre da colaboração da comunidade, que responde ao nosso chamado”. Ligia Maria Costa Celante.
Lar Escola Redenção - “Nossa entidade tem 34 anos de Araraquara e atende cerca de 150 crianças e adolescentes com cursos de informática, profissionalizantes, em parceria com o Senai. Temos três unidades. Apesar de tanto tempo, muitas pessoas desconhecem o nosso trabalho. Por isso, a divulgação pelos veículos de comunicação é sempre muito positiva pra gente. A reportagem (edição 15) ajudou muito, até mesmo pela penetração que a revista tem na nossa comunidade”. Jorge Lorenzetti
Amor Exigente - “A revista (edição 16) divulgou o nosso trabalho e muita gente nos procurou a partir disso. Naquela época não tínhamos sede própria. Conseguimos construir e mudar para a Avenida João Martins Nogueira, no Jardim Morada do Sol, que todos conhecem também por Jardim Brasília. Trabalhamos com grupos de famílias para desencorajar a violência e incentivar a cooperação comunitária e familiar. Temos também o Amor Exigentinho, que trabalha com crianças a partir de 4 anos; este ano vamos começar as palestras com crianças das pré-escolas. Já treinamos diretores e vamos trabalhar com professores das escolas municipais. Precisamos muito de voluntários para espalhar este trabalho”. Maria Lucia Gil de Oliveira
Instituto dos Cegos Santa Luzia - “Graças a Deus, hoje posso dizer que conseguimos estabilizar as nossas contas. Conseguimos aumentar a nossa capacidade de doações em alimentação e produtos de limpeza. A revista (edição 23) colaborou muito na divulgação do nosso trabalho com pessoas com deficiência visual, muitas delas abandonadas pelas famílias. As pessoas comentaram muito pela cidade, por onde passei e, com certeza, a reportagem nos abriu portas”, José Carlos Zanoni
Lar Nosso Ninho “Therezinha Maria Auxiliadora” – “Toda divulgação é bem vinda e a reportagem (edição 25) nos ajudou muito. Melhorou bastante em termos de doações, mas os voluntários ainda continuam os mesmos. Mas é devagar. Muitos aparecem com boa vontade, mas nos ajudam mais nos eventos, porque o trato com as crianças com deficiência exige muita dedicação e compromisso. Só temos a agradecer. Estamos sempre correndo atrás, buscando doações; a verba que temos mal dá para pagar os funcionários. Este ano, estamos reformando o quarto das crianças e nossa meta é reformar o salão de festas para aluguel e para nossos eventos”. Alda Maria Comito Julien
Casa da Criança Cristo Rei – “Trabalhamos hoje com 16 crianças e dois adolescentes, encaminhados pela Vara da Infância e Juventude. Procuramos reproduzir a própria casa deles aqui e temos uma equipe que cuida muito bem de nossas crianças. Isso mostramos na matéria (edição 31). Temos ajuda do estado e município, mas 90% de nossas despesas são custeadas por doações de pessoas físicas e por arrecadação em nossos eventos. Trabalhamos com as famílias também e ajudamos com as doações de roupas, alimentos e até móveis que recebemos. O que sobra, é reservado para os bazares, na captação de mais recursos. A população tem comparecido aos nossos eventos e informar sobre o nosso trabalho é sempre muito importante”. Edgar Cervan
Casa Betânia – “Depois da reportagem (na edição 34) apareceram voluntários que vem e vão, mas as doações aumentaram. Muitas pessoas nas ruas nos falam que viram a reportagem e o pessoal do telemarketing quando liga para a pessoa, ela fala que conhece a entidade pela revista. E aí, as pessoas dão mais credibilidade ao nosso trabalho, porque passam a conhecer. Atendemos meninas em situação de risco social encaminhadas pela Vara da Infância e Juventude. Hoje ainda estamos pleiteando recursos para a construção de nossa sede, algo em torno de R$ 100 mil, e precisamos de ajuda para começar”. Izabel Alves Petrucelli
Casa da Sopa do Centro Espírita “Caminho da Luz” – “A repercussão da reportagem (edição 39) foi tão positiva que conseguimos a doação de tijolos, material de construção, piso para a ampliação de nossa sede, que começa em junho. Muitas pessoas que se mudaram para o bairro há pouco tempo, não sabiam do nosso trabalho e passaram a conhecer graças à revista. Isso aumentou o número de pessoas em busca da sopa, o número de doações e o número de pessoas interessadas em participar do Centro e ajudar nos trabalhos voluntários. Mas, nós continuamos precisando de mãos voluntárias para ampliar o atendimento”. Alberto José Andrade

Publicado em 05 de fevereiro de 2013 na edição nº 60 da Revista Kappa
Fotos: Fabiano Vagner

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