segunda-feira, 9 de julho de 2012

ENSINO DE QUALIDADE PARA OS FILHOS DOS TRABALHADORES DA INDÚSTRIA


Em 1996, Matão foi a segunda cidade brasileira a ser contemplada pela superintendência do Serviço Social da Indústria (Sesi) a receber um Centro de Atividades, a primeira foi Votorantim (SP). A diferença desta unidade para as demais é que, além dos prédios escolares, ela possui uma grande área para cultura e lazer. Para a ampliação da sede foram investidos R$ 7 milhões na construção de quadras esportivas, campos de futebol, sendo um com grama artificial, piscina aquecida, refeitório para os alunos e salas de dança e academia, numa área de 88 mil m². Ela também possui laboratórios e salas de informática completas e modernas, salas para atividades lúdicas, como aulas de música e teatro e uma biblioteca com um acervo de 10 mil livros.
Hoje, o Sesi Matão se responsabiliza pela educação de 491 alunos que cursam desde o primeiro ano do ensino fundamental até o terceiro do ensino médio. Há dois anos, também mantém quatro turmas de período integral, onde os 193 alunos têm aulas normais da grade curricular e no segundo período fazem aulas de informática, robótica, dança, teatro, natação, dentre tantas outras. Por dia, eles recebem três refeições, sendo que a unidade prepara e serve mais de 6,7 mil por mês e mais de 8 mil lanches no mesmo período.
O Sesi Matão é ainda responsável pelas unidades de Monte Alto (SP), onde possui 740 alunos; e Jaboticabal (SP), com 642 alunos dos ensinos fundamental e médio.
Todos os serviços são gratuitos e visam acolher os filhos de empregados das indústrias. “Por ano, abrimos apenas 128 vagas. Isso porque, além de reservarmos vagas para os alunos que já estudam aqui, temos um controle das crianças, filhos de trabalhadores da indústria que irão entrar em idade escolar, então, estas vagas também são pensadas e reservadas”, confirma o diretor do Sesi Matão, Alexandre Minghin. Ele diz ainda que, por meio de uma parceria com o Senai, hoje os alunos do ensino médio podem fazer cursos profissionalizantes paralelamente às aulas.
EJA - O Sesi também monta salas para a Educação de Jovens e Adultos (EJA), que podem ser ministradas na unidade ou nas próprias indústrias, variando conforme a disponibilidade dos trabalhadores e as parcerias firmadas com os industriários. A qualificação profissional dos trabalhadores também não para por aí. A entidade desenvolve programas específicos de acordo com os pedidos das empresas. “Nossa principal vertente é trabalhar de modo que a indústria procure o Sesi e nós possamos ir até ela. Por exemplo, temos um projeto onde levamos profissionais de saúde para as empresas para avaliação dos funcionários. Além de um questionário, eles passam por exames simples. Esse material é compilado em um diagnóstico onde se verifica o perfil do seu quadro de funcionários: se há hipertensos, diabéticos, sedentários. Assim, o empresário pode pensar em ações especificas voltadas a suprir as necessidades destes trabalhadores e nós também direcionamos os nossos programas”, conta Alexandre. No ano passado, 20 indústrias participaram deste programa.
Ele cita também outro exemplo: 1,5 mil cortadores de cana de uma usina que fazem todos os dias pela manhã ginástica laboral com uma professora do Sesi. A atividade traz melhorias para a vida e o trabalho destas pessoas. E estas são as metas de trabalho do Sesi: educação,  saúde,  esporte, cultura, nutrição e responsabilidade social. Nos dois últimos anos, a procura pelos projetos cresceu 25%, e é esta procura que qualifica ainda mais os serviços da unidade, que hoje tem mais de cem pessoas em seu quadro de funcionários.  

publicado em 02 de julho de 2012 pela revista Kappa Matão, ano 1 edição 6 n6 - http://www.portalk3.com.br/Artigo/regiao/ensino-de-qualidade-para-os-filhos-dos-trabalhadores-da-industria

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