Em
1996, Matão foi a segunda cidade brasileira a ser contemplada pela superintendência
do Serviço Social da Indústria (Sesi) a receber um Centro de Atividades, a
primeira foi Votorantim (SP). A diferença desta unidade para as demais é que,
além dos prédios escolares, ela possui uma grande área para cultura e lazer.
Para a ampliação da sede foram investidos R$ 7 milhões na construção de quadras
esportivas, campos de futebol, sendo um com grama artificial, piscina aquecida,
refeitório para os alunos e salas de dança e academia, numa área de 88 mil m².
Ela também possui laboratórios e salas de informática completas e modernas,
salas para atividades lúdicas, como aulas de música e teatro e uma biblioteca
com um acervo de 10 mil livros.
Hoje, o Sesi Matão se
responsabiliza pela educação de 491 alunos que cursam desde o primeiro ano do
ensino fundamental até o terceiro do ensino médio. Há dois anos, também mantém
quatro turmas de período integral, onde os 193 alunos têm aulas normais da
grade curricular e no segundo período fazem aulas de informática, robótica,
dança, teatro, natação, dentre tantas outras. Por dia, eles recebem três
refeições, sendo que a unidade prepara e serve mais de 6,7 mil por mês e mais
de 8 mil lanches no mesmo período.
O Sesi Matão é ainda responsável
pelas unidades de Monte Alto (SP), onde possui 740 alunos; e Jaboticabal (SP),
com 642 alunos dos ensinos fundamental e médio.
Todos os serviços são gratuitos e
visam acolher os filhos de empregados das indústrias. “Por ano, abrimos apenas
128 vagas. Isso porque, além de reservarmos vagas para os alunos que já estudam
aqui, temos um controle das crianças, filhos de trabalhadores da indústria que
irão entrar em idade escolar, então, estas vagas também são pensadas e
reservadas”, confirma o diretor do Sesi Matão, Alexandre Minghin. Ele diz ainda
que, por meio de uma parceria com o Senai, hoje os alunos do ensino médio podem
fazer cursos profissionalizantes paralelamente às aulas.
EJA - O Sesi também monta salas para a Educação de Jovens e Adultos
(EJA), que podem ser ministradas na unidade ou nas próprias indústrias,
variando conforme a disponibilidade dos trabalhadores e as parcerias firmadas
com os industriários. A qualificação profissional dos trabalhadores também não
para por aí. A entidade desenvolve programas específicos de acordo com os
pedidos das empresas. “Nossa principal vertente é trabalhar de modo que a
indústria procure o Sesi e nós possamos ir até ela. Por exemplo, temos um
projeto onde levamos profissionais de saúde para as empresas para avaliação dos
funcionários. Além de um questionário, eles passam por exames simples. Esse
material é compilado em um diagnóstico onde se verifica o perfil do seu quadro
de funcionários: se há hipertensos, diabéticos, sedentários. Assim, o
empresário pode pensar em ações especificas voltadas a suprir as necessidades
destes trabalhadores e nós também direcionamos os nossos programas”, conta
Alexandre. No ano passado, 20 indústrias participaram deste programa.
Ele cita também
outro exemplo: 1,5 mil cortadores de cana de uma usina que fazem todos os dias
pela manhã ginástica laboral com uma professora do Sesi. A atividade traz
melhorias para a vida e o trabalho destas pessoas. E estas são as metas de
trabalho do Sesi: educação, saúde, esporte, cultura, nutrição e
responsabilidade social. Nos dois últimos anos, a procura pelos projetos
cresceu 25%, e é esta procura que qualifica ainda mais os serviços da unidade,
que hoje tem mais de cem pessoas em seu quadro de funcionários.
publicado em 02 de julho de 2012 pela revista Kappa Matão, ano 1 edição 6 n6 - http://www.portalk3.com.br/Artigo/regiao/ensino-de-qualidade-para-os-filhos-dos-trabalhadores-da-industria
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