quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Trabalhador morre ao cair do nono andar de prédio em construção

O operário Gilmar Ramos da Silva, de 22 anos, morreu nesta quinta-feira (6) pela manhã ao cair do 9º andar de um prédio em construção na rua Luciana Mara Ignácio, esquina com a avenida João Fiúsa, em Ribeirão Preto. O acidente aconteceu por volta das 8h30.
A vítima era contratada de uma empresa terceirizada pela construtora Copema, responsável pelas obras do "Grand Privilége", prédio de 31 andares.
Gilmar trabalhava na obra há apenas três meses e na manhã desta quinta ele puxava massa de reboque em um balde pendurado em uma corda. Segundo funcionários do Samu, o operário usava todos os equipamentos de segurança, inclusive o cinto. Ele teria despencado pelo buraco do elevador, de uma altura de 30 metros.
Logo após o acidente, a empresa paralisou os trabalhos e enviou vários ônibus para buscar os operários. Os poucos que comentaram o caso, disseram que só perceberam quando o corpo do jovem já estava no chão. O laudo da perícia técnica deve ficar pronto em 30 dias. Questionada, a Copema não quis se pronunciar, apenas divulgou nota lamentando o caso, e informando que se solidariza com os familiares da vítima.

Mais acidentes
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil, Carlos Miranda, os acidentes de trabalho em obras de Ribeirão Preto e região, tiveram um aumento de 20% nos últimos três anos. "Esse aumento segue o número de obras e trabalhadores, que dobrou, chegando a média de 10 mil", diz.
Miranda informou ainda que a Copema é uma empresa de Ribeirão Preto, instalada na década de 1990, e que segue com rigor as normas de segurança.
O presidente informou ainda que esteve no local do acidente, mas foi impedido de entrar. "O que eu pude apurar com alguns trabalhadores, foi que o funcionário estaria com os equipamentos de segurança, mas não teria prendido o cinto em nenhum lugar, quando trabalhava", relatou. Miranda informou que este foi o primeiro acidente com morte este ano. Em 2010, foram três casos.

publicado no dia 06 de outubro de 2011 pelo jornal A Cidade de Ribeirão Preto

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